Processo
foi feito com a adaptação de corote, recipiente utilizado por
caminhoneiros para armazenar água e são produzidos 19 L de biodiesel e 5
L de glicerina
Não saber o que fazer com o óleo de frituras depois de utilizado é um
problema que atinge a população, já que as consequências de seu
descarte causam danos ao Meio Ambiente. Mas você sabia que o resíduo –
que constantemente é despejado em rios, no solo e nas redes de
tubulações – é uma excelente matéria-prima para a produção de
biodiesel?
Com um reservatório de água para caminhão, vassoura, polia, madeira,
garrafa plástica e muita força de vontade, estudantes do Ensino Médio do
Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia (IFCE) resolveram
criar um reator de baixo custo para produzir biodiesel. A ideia surgiu
há cerca de três anos e está fazendo a diferença em Juazeiro do Norte, a
535 quilômetros de Fortaleza.
A iniciativa começou a partir de pesquisa feita pelos próprios alunos
na Região do Cariri. “Queríamos saber a quantidade de óleo que os
moradores da Zona Rural usavam por mês, se descartavam muito e como era
feito o descarte. Até que surgiu a iniciativa de produzirmos biodiesel a partir desse óleo”, explica Allana Lucena, de 18 anos, estudante de Eletrotécnica do instituto.
Primeiro, decidiram reciclar o óleo de cozinha, utilizado diariamente
por agricultores, para produzir biodiesel, glicerina e sabão.
Transformar óleo em biodiesel não é mais “novidade”, segundo a aluna.
Mas, obter glicerina, bastante usada para produção de cosméticos, e
sabão a partir dos resíduos liberados após a transformação do óleo, e o
baixo custo do equipamento são os diferenciais do projeto.
“Buscando possibilitar que qualquer pessoa possa reciclar o óleo
comestível usado, produzindo seu próprio biodiesel, foi arquitetado um
reator de baixo custo e de fácil implantação”, diz o professor do IFCE,
Ricardo Fonseca.
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